Complexo penitenciário da Papuda, onde se encontram presos terroristas bolsonaristas que depredaram os Três Poderes e atacaram a Democracia. Foto G1.
Ministro Alexandre de Moraes já havia avisado que presidio para terroristas não é colônia de férias
Por Estado de Minas
Juízes destacados para
conduzir as audiências de custódia dos vândalos envolvidos na invasão de
prédios públicos no dia 8 de janeiro e dos acampados na frente do
quartel-general do Exército relatam que os presos têm reclamado da falta de
conforto de suas celas e feito pedidos inusitados.
Um deles reclamou que,
desde que havia sido detido, não tinha tido as condições necessárias
São comuns reclamações de
manifestantes que entraram nos ônibus que os levaram ao presídio sem saberem
aonde estavam indo. Um deles se queixou de ter sido preso contra a sua vontade.
"Não sei se o senhor sabe, mas é assim que a prisão funciona",
respondeu o juiz responsável pela audiência.
Há protestos ainda pela
falta de água gelada para beber, de wi-fi e pela qualidade da comida. Um preso
de Santa Catarina contou estar comendo apenas frutas, suco e Toddynho desde
domingo passado.
Outros exigem ainda mais
espaço em suas celas. Um dos presos disse estar em um espaço com dez pessoas,
sendo que só cabem oito. O juiz contestou que nas carceragens são comuns 32
presos onde cabem oito.
A previsão é que as
audiências de custódia se encerrem nesta segunda-feira (16). Até domingo (15),
já tinham sido ouvidas 1.248 pessoas pelos juízes federais do TRF-1 (Tribunal
Regional Federal da 1ª Região) e estaduais do TJDFT (Tribunal de Justiça do
Distrito Federal e Territórios). O trabalho é coordenado pela Corregedoria do
CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Pela quantidade de
presos, advogados têm ficado de prontidão para conseguir clientes. Em média,
oferecem uma audiência por R$ 1.000.
O mutirão se iniciou na
quarta-feira (11). O trabalho será encaminhado ao ministro do STF (Supremo
Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que pode manter as prisões, soltá-los
ou, ainda, declinar a competência, caso a caso.
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